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Uma mulher assume a presidência da GM no Brasil

julho 7th, 2010

por Eloá Muniz

Desta vez foi o setor automobilístico que rompeu paradigmas. A General Motors do Brasil, uma das maiores fabricantes de carros do mundo, indica para presidente a engenheira mecânica Denise Johnson. Com larga experiência e formação nos quadros da GM, ocupou nos último anos a vice-presidência de relações trabalhistas da General Motors Corporation. Denise agora terá o desafio de ser a primeira mulher a ocupar o cargo de maior importância na estrutura de poder da empresa multinacional.

Ela assumirá, entre outras atribuições, o projeto de ampliação do Complexo Automotivo de Gravataí. Denise Johnson substituiu Jaime Ardilla, promovido para a recém-criada GM América do Sul, que comandará a partir de São Paulo.

Denise tem em seu currículo o programa Líderes de Produção (Leaders for Global Operations) e quando ainda estava na alta direção da montadora de Detroit. Sobre esta experiência no centro de excelência comentou: “o programa reforça o desenvolvimento de um estilo de liderança que abriga trabalho em equipe e avaliação de soluções diferentes para obter resultados”, afirmou.

Na realidade Denise Johnson é a primeira mulher a assumir a presidência no Brasil, cargo que agora foi criado, mas isto não significa que ela seja uma exceção, pois outras executivas ocuparam posições similares, como Maureen Kempston Darkes, que presidiu a divisão América Latina, África e Oriente Médio. Nos Estados Unidos, várias fábricas são dirigidas por mulheres, o que no entender de André Beer, consultor do setor automotivo, que passou 38 anos na GM, 18 dos quais como vice-presidente, é um sinal de não existir na empresa uma cultura machista.

A GM do Brasil é altamente rentável e não foi atingida pela grande crise desencadeada na empresa, conseguindo manter a produção em alta. Isso propiciou a criação da GM América do Sul, um grande mercado consumidor da marca Chevrolet, atrás apenas de EUA e da China. A nova General Company provocou a mudança do comando das atividades fora dos Estados Unidos para a Divisão de Operações Internacionais, a partir da China. O Brasil e o país asiático são as principais operações internacionais da empresa atualmente e que recebem maiores investimentos.

A criação da GM América do Sul, com sede em São Paulo, dará maior autonomia aos negócios nos 10 países onde atua, e seu presidente Jaime Ardilla terá ligação em linha direta com o principal executivo da GMC, Ed Whitacre.

Com maior proximidade do board, será possível ganhar agilidade nas decisões, além de acompanhar on line as características, exigências e tendências dos mercados sul-americanos, benefícios para todos, principalmente para o consumidor.

Mulheres são maioria entre novos médicos de São Paulo

março 6th, 2010

Os dados sobre inscrições de novos médicos no Conselho Regional de Medina do Estado de São Paulo (Cremesp) consolidam uma mudança: entre os 3.029 formandos em Medicina que se inscreveram em 2009, 1.645 (54%) são mulheres e 1.384 (46%) são homens.

Os homens representavam 66,43% das novas inscrições em 1980. Vinte anos depois, em 2000, a presença masculina diminuía, mas ainda era predominante, com 55,39% dos novos inscritos no Cremesp.

A inversão nesse cenário ocorreu somente em 2006 quando as mulheres passaram a representar 51,75% dos 3.030 novos registros profissionais daquele ano. Em 2007, as mulheres representavam 52,78% e, em 2008, 52,96 %.

Para o novo Presidente do Cremesp, Dr. Luiz Alberto Bacheschi, neurologista e professor da Faculdade de Medicina da USP, “tendo em vista tratar-se do quarto ano consecutivo com predomínio crescente das mulheres, a série histórica indica a tendência de feminilização da profissão médica no Estado de São Paulo.”

No conjunto dos médicos em atividade, a presença dos homens ainda é majoritária. Dos 101.087 médicos em atividade no Estado em janeiro de 2010, aproximadamente 60% são homens.

O equilíbrio de gênero entre médicos deve demorar mais de uma década, embora em algumas especialidades isso já ocorra. Em São Paulo, dentre as 53 especialidades médicas oficialmente reconhecidas, os homens são maioria em 39 delas e chegam a ser dez vezes mais em Ortopedia/Traumatologia e em Urologia. No entanto, as mulheres têm larga vantagem, por exemplo, em Pediatria e Dermatologia, onde são, proporcionalmente, cerca de quatro vezes mais numerosas que os homens. As mulheres são minoria em Medicina Legal e Medicina Esportiva, dentre outras especialidades.

asp@cremesp.org.br