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Receita de criar

fevereiro 9th, 2021

letras palavras dicionários vários

do grego parabolé, palavra

leituras, muitas, poetas escritoras

ideias doces corrosivas ironia humor

misérias tragédias alegrias júbilos humanos     

drama trama nó clímax desfecho

pimenta mostarda cebolinha verde

impactofinal personagens construções

                  fiapos restos diurnos noturnos

                  monólogos fluxos que jorram

                  diálogos focos narrativos salsinha

                  limão molho inglês vinho do porto

                  metáforas símbolos rimas brancas

                  subjetividade criador e criatura

                  louro alho cominho tomilho

 vírgulas pontos reticências

                  travessões aspas itálico

                  dois pontos pode ser um up  

olhos de escutar ouvidos de enxergar

paladar olfato tato temperatura

máscaras espelhos emoções coentro gengibre

noites luminosas dias trevosos

chocolate sorvete raiz forte

afogue o superego, não critique

abandone censuras prévias

mexa o caldeirão do inconsciente

arquétipos anima animus arcanos personas

frase fato versão imagem entrelinhas borrões

desvista-se como cebola, às vezes dói      

arqueologia que descasca camada

após camada da psique, o demasiado humano

açafrão manteiga alecrim

              afeto libido pulsão adrenalina

                    orégano cerejas serotonina até altas horas

                    deslocar inverter suprimir condensar sublimar

                    manjericão conhaque amendoim

                    não receie perder o rumo   

                    até mesmo a consciência,

                    não-revele desvele transborde

                    depois corte enxugue lapide

                    música velas incenso podem ajudar

                    silêncio solidão essenciais

anotações rabiscos lembretes noz moscada

Anaïs Nin adverte: a escritura feminina nasce

das ‘células uterinas da mente’, sangue-leite

azeitona baunilha pepininho   

diferenças semelhanças cores formas

                febre estranho fantástico, o duplo

polaridades contrários dicotomias

devaneios rêverie cenourinha

inquietação desassossego

sensibilidade audácia transgressão

hortelã nozes picadas chantilly

inspiração técnica, domínio do idioma

fantasia imaginação ativa criadora

realidade mentira verdade reflexão

ervas alcaparras cravo e canela

adjetivos, advérbios, conetivos, vá com calma

alerta com obviedades clichês banalizações

verbo e substantivo: ouro da criação!

conte relate narre polvilhe cronique poetize erotize    

menta páprica gomos de laranja cogumelos

                  deixe em banho-maria no computer

                  por uns tempos, releitura

                  não explique nunca: a leitura é do leitor

                  e não se surpreenda: o mistério da

                  criação não se desvela jamais

                  literatura é doação de amor jouissance

                  fermento passas sálvia amêndoas

                  (im)possível receita.

Berenice Sica Lamas  –  Psicóloga poeta escritora

Maratonar com leveza, eis o desafio

agosto 14th, 2020

Eloá Muniz*

Em tempos de pandemia maratonar tornou-se um verbo bastante conhecido e propagado. As imagens e o mergulho no desconhecido tornaram o isolamento social uma atividade essencial e fóbica. A ansiedade e o medo apoiado pela mídia catastrófica tornou insuportável a brusca mudança de comportamento social via decreto e orientações desconexas. Uma doença desconhecida e cruel tomou conta do planeta: globalização pandêmica.

Uma sociedade acostumada a viver no público viu-se obrigada a viver no privado. Que privado? Cada pessoa precisou buscar seu cantinho preferido, tanto na casa como na alma. As informações diversas, dispersas e desencontradas. É um game?

Aos poucos uma nova rotina se impôs e a sociedade não estava preparada. Ocupar o tempo. Usar o tempo. Aproveitar o tempo. Tempo para o sol. Onde? Cadê o tempo? Distanciamento. Isolamento social. Aproximação virtual. Espaço fértil para consumir cultura. Os produtos culturais, como um elemento líquido, penetram nos espaços vazios. Surgiu a cultura líquida.

As plataformas de streamings da infoesfera (como Netflix, Amazon Prime Vídeo, HBO, Globoplay, Fox+, Telecine Play e outras) estavam lá. A Netflix com as estratégias mais eficientes identificou a oportunidade de imediato. Ganhou o público com seus produtos culturais, séries e filmes. Ocupou o Top 10 na conexão com o telespectador. Maratonar tornou-se imperativo. A quarentena obrigou os canais abertos a uma programação de reprises e, assim, a migração para novos conteúdos foi rápida.

As redes sociais alavancaram o processo de distribuição e propagação de um novo comportamento: Estou maratonando a série tal. E você? Eu também. Estou adorando esta série. Ou Eu parei de assistir na primeira temporada. Não gostei. A linguagem tornou-se leve, gostei ou não gostei, simples assim.

De repente, as pessoas pararam de se contrapor e passaram a falar de temas amenos. A grosseria de “quem tem razão grita”, perdeu seu efeito devastador, e, finalmente, se poderia conversar nas redes sociais face to face. Cresceram as conexões via WhatsApp. Que susto para o establishment.

A cultura invadiu os lares das pessoas conectadas às plataformas, desterritorializando a cultura como se fora líquida. As séries espanholas e mexicanas chegaram aos corações da audiência surpreendendo, inclusive os executivos da Netflix. Rapidamente a plataforma tornou-se receptora de séries e filmes em língua espanhola fazendo frente às grandes produções norte-americanas. No bojo desses acontecimentos vieram as produções canadenses, alemãs, inglesas, e francesas.

O isolamento social trouxe uma grande mudança de comportamento, os brasileiros passaram a consumir cultura fora do eixo Globo-Hollywood. Descortinou-se uma nova possibilidade de contar e ouvir histórias: as produções europeias.

Portanto, maratonar, uma atividade muito intensa e que ao tornar-se ação efetiva nessa quarentena, passou a significar assistir a uma série sem parar. Ler um livro ou consumir qualquer produto de entretenimento de forma ininterrupta, frenética e incessante, com muito interesse e empolgação tornou-se um comportamento ritualizado, preparar os lanches, organizar o espaço confortável, relaxar e curtir.

Uma ação individual ou coletiva de assistir tornou-se sinônimo de maratonar. Se a televisão tem como característica a tradição humana mais antiga que é a de contar e ouvir histórias, nesse período pandêmico ela apresenta uma audiência não aglomerada, mas muito mais numerosa do que jamais foi possível conseguir na história da humanidade, atender as demandas pandêmicas: isolados, mas virtualmente aglomerados.

Os artistas com o poder de estarem em milhares de lugares ao mesmo tempo conectando-se a pessoas dispersas geograficamente – local e global –, perfeitos simulacros de deuses, contam histórias simultâneas, falando em todos os idiomas, numa verdadeira maratona globalizada. As redes sociais crescem com críticas a favor e contra, revelando que o trinômio drama-conflito-ação parece ser indissociável, não apenas para o cinema clássico, como para todas as linguagens. Mundialização das histórias transmitidas pelas infovias e impulsionadas como culturas líquidas para o consumo na casa ou nas mãos de cada espectador.

O Brasil é um país tradicionalmente afeto aos relatos orais, leituras em voz alta, declamações, histórias continuadas nos serões familiares, local em que nem todos são alfabetizados. A televisão reeditou esse hábito de ouvir histórias em capítulos, reunidos em família, promovendo conversas relevantes. A telenovela narra as histórias, tal como folhetins românticos e heroicos, organiza o cotidiano das pessoas que se acostumaram a assistir o contar e recontar em tempos divididos, sempre no mesmo horário, narrações em forma de diálogos, esteticamente bem apresentados. Os cenários, locações e figurinos apresentam os personagens no contexto de suas histórias contribuindo com a narração não verbal, e os diálogos, luzes e trilha sonora contribuem com o contar da história, a narração verbal. Completam-se para atingirem os sentidos. 

A telenovela é uma obra aberta, portanto, a opinião da audiência é muito relevante, e a história vai se estruturando e se transformando conforme a anuência do público em relação aos personagens. Trata-se de uma forma de contar histórias que ganhou o mundo. Mas parece que a pandemia alterou um pouco essa relação. Os produtos com características de serialidade diária exigem um espectador disposto a assistir todos os dias a mesma história, na mesma hora, e dessa maneira, organize seu cotidiano. Uma ritualização durante um período, estar sempre à frente da televisão naquele tempo e ao mesmo tempo.

Nessa linha de produtos em capítulos existem três tipos diferentes: a telenovela organizada em capítulos, em que o seguinte é continuação do anterior, sem que haja previsão do desenvolvimento e desenlace da história; a série ou seriado é uma sequência de histórias completas – apresentação do tema, problematização e desenvolvimento e finalização – com os mesmos cenários e personagens principais. Cada episódio é independente, não tem compromisso com a continuidade narrativa, apenas manter as características dos personagens fixos; e a minissérie que possui uma história fechada, em capítulos definidos previamente – apresentação dos personagens na história, desenvolvimento e finalização – junto à produção. Constitui-se numa obra fechada.

A televisão de canais abertos e fechados assustou-se, viram sua programação patinar na audiência e anunciantes migrando para outras formas de apresentação de conteúdos. Os tradicionais serviços de TV por assinatura perderam assinantes, enquanto as plataformas de streaming crescem nitidamente. A pandemia acelerou esse processo e a Netflix, a principal plataforma de streaming, ultrapassou as assinaturas de TV a cabo nos Estados Unidos e o Brasil seguiu no mesmo ritmo.

A pandemia impulsionou esse aumento, mas o investimento em conteúdo original foi ainda mais significativo. Mais conteúdo próprio significa independência em relação às emissoras e até economiza nos gastos com direitos de transmissão de conteúdos alheios.

No Brasil os dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) mostram que o mercado de TV paga perdeu mais de 10% de sua base. Isso significa que a cada 100 televisores, pelos menos 32 estavam sintonizados na Globo e outros 15 conectados aos serviços de streaming. Os outros televisores dividiram-se entre todos os canais abertos.

As séries espanholas lideram as plataformas de streaming e ganham Top 10, globalizando-se. Obtiveram os maiores índices na recepção das histórias contadas e trouxeram ao mundo uma nova possibilidade, resgatar a teledramaturgia com estrutura de direção artística e roteiros bem escritos. Conteúdos criativos com forte apelo emocional, mas com componentes históricos reais. O feminismo, a sororidade, a sexualidade, as lutas cívicas e o amor romântico desfilaram em épicos folhetins arrebatando os assinantes como há muito não acontecia com as histórias contadas na contemporaneidade. A estética ocupou-se em modelar uma nova forma de contar histórias usando o mesmo modelo shakespeariano.

Os canais de TV aberta ou a cabo terão que rever sua programação. Telenovelas longas demais não serão acompanhadas, tem-se pressa de viver. Temas duros e muito reais não serão arrebatadores, tem-se pressa em sonhar. A falta de otimismo e o fatalismo não terão espaço, tem-se pressa de um novo normal. Cada experiência trouxe um novo alento e uma nova forma de resolubilidade, centrado no eu e, depois, no outro mais próximo. Não há tempo de espera.

A pandemia trouxe um grande aprendizado: o desapego. Para viver é preciso tudo isso? O consumerismo desacelerou. A pandemia ensinando prioridades. Mostrar que o planeta é um só, sem muralhas e sem separações entre as pessoas, as classes sociais desaguaram no vazio. É necessário compreender o novo normal. E qual seria? Quanto mais se vive mais se perde, mas não se pode viver com medo. Relaxar um pouco é preciso. Tentar apreciar o que se tem é viver o presente. Gosto deste presente? Todo o tempo é de ser. Não renuncie a nada.

* Psicanalista Clínica, Publicitária, Professora, Escritora e Ensaísta. www.eloamuniz.com.br. eloamuniz@terra.com.br.

A vida imita a arte?

outubro 11th, 2017

Maria Berenice Dias *
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Todos estamos atônitos diante de tantos debates e radicalismos sobre temas que acompanham a história da humanidade.

Nudez, sexo, homossexualidade tentam ser barrados da arte em nome da “moral e dos bons costumes”.

Chegou-se ao ponto de fechar exposições, impedir performances artísticas sob a pífia alegação de crianças se encontrarem em ditos ambientes.

Sequer se cogitou da possibilidade de impedir o ingresso de menores de idade em ditos espaços. Não, a solução foi exigir que as portas fossem fechadas e todos impedidos de ter acesso à exposição.

Certamente isso só ocorre no Brasil, país que não investe na educação exatamente para o povo poder ser massa de manobra e servir aos interesses de quem quer assumir o poder.

Assim, ao invés de armas, são usadas as almas de multidões que acreditam no que lhes é dito de forma raivosa e ameaçadora. Ao invés de fuzis é empunhado um livro apócrifo, escrito há mais de dois mil anos, dando-lhe a interpretação que melhor lhes servem.

Planta-se a falsa ideia de que a família vai acabar, quando todos sabem que isso nunca vai acontecer. Pode mudar a sua conformação, mas não sua essência: espaço de afeto e de cuidado.

Também se ameaça com o inferno a quem não entregar seus bens às igrejas ou templos.

Esta é a forma mais perversa de enriquecimento ilícito. Multidões são induzidas em erro. A exploração do medo da morte faz com que as pessoas paguem para obter a vida eterna.

Com este expediente são amealhadas incalculáveis fortunas, livres de impostos, o que enseja a construção de templos monumentais, a aquisição de meios de comunicação e a formação de uma verdadeira teia de controle social.

A manipulação começa desde a infância. Sob a falaciosa expressão Escola sem Partido se conseguiu banir dos currículos escolares o estudo da sexualidade e das questões de gênero.

Com isso se naturaliza a discriminação e a violência contra a mulher. A chamada “ideologia de gênero” é equivocamente interpretada como uma tentativa de acabar com a diferença entre os sexos e incentivar a homossexualidade.

Assustadoramente este movimento só avança, o que tem permitido que os autoproclamados líderes religiosos se apropriem das instâncias de poder. Já invadiram as casas parlamentares e almejam assumir também o Poder Executivo em todas as suas esferas.

Algo precisa ser feito e agora! A responsabilidade é de cada um de nós.

* Advogada e Vice Presidente Nacional do IBFAM

A Polêmica do Shortinho

março 18th, 2016

Lícia Peres, socióloga

Ocorrem algumas campanhas e mobilizações, como a polêmica do uso do shortinho nas escolas, que considero irrelevantes. Mas nem por isso deixam de merecer algumas considerações, face aos seus desdobramentos.

Não acredito que o motivo básico da reivindicação sejam as altas temperaturas. A vestimenta serve para proteger o corpo humano do frio e do calor. Em áreas desérticas as roupas cobrem toda a superfície da pele, justamente para evitar os raios solares. Tudo indica que as razões do protesto são de outra natureza: a vontade de afirmação, compreensível na adolescência, o desejo de seguir a moda, uma insatisfação difusa e a busca de uma causa. Não é à toa que existe a expressão “rebelde sem causa”. E permito-me afirmar que o shortinho está longe de ser uma boa causa. As instituições de ensino estão no direito de estabelecer algumas normas para o vestuário e o comportamento.

Por outro lado, as meninas –de 13 a 17 anos- responderam, de forma madura, aos argumentos inaceitáveis de que a maneira de vestir pode provocar agressões sexuais, ou seja, caso ocorressem, elas seriam as causadoras e não as vítimas. Afirmaram ,justamente, que não cabe à mulheres a prevenção do assédio e conclamam que os ensinamentos ditem o respeito. Contestaram o machismo com bons argumentos, embora, em sala de aula, nunca tivessem discutido o feminismo e outros temas importantes.

Quanto a impedir que os homens sexualizem partes normais do corpo feminino, a questão não é essa, até porque não é possível impedir as fantasias alheias ,eles só não podem avançar o sinal, ou serem desrespeitosos ou abusados. O convívio entre os sexos precisa ser civilizado, caso contrário voltaríamos para a árvore, a caverna e o tacape. Como regra: a mulher pode dizer sim quando quiser, quando disser não, é não.

Tem modas masculinas que desgosto profundamente: as calças de fundilho caído com a cueca à mostra, por exemplo. Acho horrível .Isso não significa que os usuários devam sofrer qualquer tipo de deboche ou perseguição.

O umbigo à mostra do ex-presidente da Câmara Severino Cavalcanti eu considerava quase uma ofensa pessoal. Mas, nunca escrevi uma palavra sobre. Era questão privada.

Mas voltando ao tema , creio que a instituição de ensino que reafirmo,tem atribuição de ditar normas de vestuário, tem a oportunidade de praticar o convívio democrático, buscando entre alunas, pais e direção um consenso para maior flexibilização. Na discussão do shortinho vieram à tona coisas muito importantes e espero que sejam aprofundadas.

Feminicídio e Aborto

março 16th, 2015

Lícia Peres*

A Câmara aprovou o projeto de lei que classifica o feminicídio como crime hediondo. O Código Penal passará a incluir o assassinato por razões de gênero, entre os tipos de homicídio qualificado com penas de 12 a 30 anos.

A CPMI da Violência Contra a Mulher que sugeriu a proposta justificou o projeto destacando o homicídio de 43,7 mil mulheres no Brasil de 2000 a 2010, sendo que mais de 40% das vítimas foram assassinadas dentro de suas casas, muitas pelos companheiros ou ex-companheiros. Além disso, a comissão afirmou que “essa estatística colocou o Brasil na sétima posição mundial de assassinatos de mulheres”. A sanção da presidenta Dilma deverá ocorrer na semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher. Sem dúvida, um avanço.

O feminicídio em países como a China e Índia, principalmente com a política do filho único no caso chinês, eliminou milhões de meninas sendo objeto de reiteradas denúncias em nível mundial.

Até hoje, em escala mundial, a discriminação persiste, mesmo em graduações diversas. Exige muita determinação e sentido de justiça para enfrentá-la. Essa afirmação inclui também o Brasil.

Penso nesse momento em outro tipo de mortandade que se vincula estreitamente à questão de gênero. Trata-se das mortes evitáveis de milhares de mulheres brasileiras _ notadamente as pobres e as negras _ que recorrem ao aborto clandestino, situação já configurada, pela sua magnitude, como de saúde pública. Vítimas de uma legislação atrasada e impiedosa, da omissão dos poderosos, e da indiferença da sociedade, mulheres continuam perdendo sua saúde e suas vidas, muitas vezes deixando seus filhos no desamparo e na orfandade. Nesse caso a autoria, ou seja, a responsabilidade, por ser difusa, não é identificável como no caso previsto pelo PL acima referido
o tema da legalização estacionou. É aflitivo. Os que teriam poder para encaminhá-lo passam sobre o assunto como quem pisam em brasas.

A morte dessas mulheres não seria também uma forma de feminicídio?

* Socióloga

O Prêmio, a Paz e a Negligência

outubro 13th, 2014

Rosa Maria Pitsch*

A Academia Real das Ciências da Suécia anunciou nesta sexta-feira a escolha da jovem paquistanesa Malala Yousafzai para o Prêmio Nobel da Paz deste ano.

Premiada por sua luta contra o desaparecimento de crianças e jovens e pelo direito de todas as crianças à educação, ela divide o prêmio com o indiano Kailash Satyarthi, que faz campanhas contra o trabalho infantil e a exploração de crianças.

Muitos críticos dizem que a paz nem sempre foi a verdadeira motivação para a entrega da distinção e seus opositores atribuíram ao invento de Alfred Nobel a culpa por milhões de mortes. Destacar a paz foi a sua motivação e ele curiosamente ficou rico por inventar explosivos.

O cenário mundial está cheio de guerras e revoltas que podem chegar a duas dezenas: Israel e Palestina; Ucrânia e Rússia; a Revolução Síria e o avanço do Estado Islâmico estão entre as principais. Um estudo do Institute for Economics and Peace’s revela que, de 162 países, apenas 11 não estão em guerra no mundo hoje.

No entanto, uma guerra que deveria estar em andamento há muito tempo e não vinha ocorrendo na proporção esperada é a do combate da epidemia do ebola.

Em seu atual surto na África Ocidental, é o mais letal visto até agora e já está sendo comparado ao surgimento da AIDS. Já matou quase quatro mil pessoas no continente até o momento, ultrapassando as fronteiras continentais, com suspeita de haver chegado até ao Brasil.

Por ter surgido em uma região extremamente pobre do globo, suas consequências iniciais foram negligenciadas e agora, além de milhares de mortos e crianças órfãs, a epidemia já causa fortes impactos econômicos em Guiné, Libéria e Serra Leoa.

O Ocidente posa como árbitro da humanidade, intervindo em crises pontuais, muitas vezes por ambições geopolíticas. As justificativas vão desde a defesa dos direitos humanos e da democracia até ao do desenvolvimento, mas falham em atender a necessidades urgentes e extremas na prevenção de epidemias das mesmas populações.

A luta para vencer o Ebola deve ultrapassar barreiras econômicas e científicas e não ver suas vítimas esquecidas e apagadas da história como ocorreu com Mahatma Gandhi.

Apesar de reconhecido mundialmente como um símbolo de paz, o líder do movimento de independência da Índia, nunca recebeu o Nobel da Paz. Malala e Kailash certamente ambicionam a mesma consideração recebida para seus continentes, por parte das grandes potências.

*Jornalista

História do Outubro Rosa

outubro 8th, 2014

Outubro é o mês da conscientização sobre o câncer de mama. Enquanto a maioria das pessoas tem consciência da doença, muitos se esquecem de tomar as simples medidas para detectá-la em seu estágio inicial. Hoje muito se fala sobre o assunto na mídia – o que é, de fato, um grande progresso – mas, ainda é preciso fazer mais.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de mama é o segundo tipo mais frequente no mundo, sendo mais comum entre as mulheres e respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. Se diagnosticado e tratado oportunamente, o prognóstico é relativamente bom.

No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estádios avançados. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%. Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente.

Estatísticas indicam aumento de sua incidência tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento. Em 2010 o número de mortes no Brasil causadas pela doença chegou 12.852, sendo 147 homens e 12.705 mulheres. Para 2012 a estimativa de novos casos é de 52.680!

Para lembrar a população que o câncer de mama é coisa séria e que tem muito mais chances de ser tratado e curado em seus estágios iniciais foi criado o National Breast Cancer Awareness Month (NBCAM) nos Estados Unidos. O NBCAM é uma campanha anual de saúde internacional que acontece todo mês de outubro com o intuito de aumentar a conscientização sobre a doença e levantar fundos para a investigação de sua causa, prevenção, diagnóstico, tratamento e cura.

O NBCAM foi criado em 1985 como uma parceria entre a Sociedade Americana do Câncer e a divisão farmacêutica da Imperial Chemical Industries (fabricante de vários remédios anticâncer de mama).

Seu objetivo desde o início tem sido a de promover a mamografia como a arma mais eficaz na luta contra a doença. A ideia de usar o laço rosa na luta pela conscientização surgiu só em 1991, quando a fundação Susan G. Komen for Cure distribuiu o símbolo aos participantes em sua corrida em Nova York para sobreviventes de câncer de mama.

Em 1993, Evelyn Lauder, vice-presidente sênior das empresas Estée Lauder fundou a Breast Cancer Research Foundation e estabeleceu a fita cor-de-rosa como sua marca.

Mas só em 1997 entidades das cidades de Yuba e Lodi nos Estados Unidos, começaram efetivamente a comemorar e fomentar ações voltadas a prevenção do câncer de mama, e chamando de Outubro Rosa. Para sensibilizar a população inicialmente as cidades se enfeitavam com os laços rosas, principalmente nos locais públicos. Depois surgiram eventos como eventos de moda (com modelos sobreviventes do câncer), corridas, pink oktoberfest, concertos, peças de teatro e muitas outras ações.

Hoje uma das ações mais legais é a iluminação de monumentos públicos de grande visibilidade.

Fonte: www.outubrorosa.org.br

Perigo de apagão na saúde

outubro 7th, 2014

Milton Kempfer

Foi notícia em dezembro passado de que dois dos maiores hospitais particulares de Brasília estão com as portas das maternidades fechadas para novas pacientes por falta de profissionais.

O assunto não é novidade para a Federação dos Trabalhadores em Saúde do Rio Grande do Sul. A cada dia temos visto mais e mais funcionários de hospitais abandonando sua profissão.

Em Passo Fundo, uma pesquisa, realizada pela UPF em convênio com o SINDISAÚDE local, apontou que 54% das homologações realizadas em 2011 se trataram de demissões. Também revelou que boa parcela dos trabalhadores está desistindo da saúde e migrando para outras áreas profissionais.

Muito tem se noticiado que faltam médicos no Brasil. A realidade é que falta pessoal para toda a área de assistência hospitalar, que tem contato direto com o paciente.

As vagas não são preenchidas por falta de candidatos. A causa? Os baixos salários, a jornada de trabalho excessiva, plantões em finais de semana e feriados e porque os profissionais têm uma atividade penosa, estressante e com alto risco de contaminação.

Com ganhos próximos ao Piso Mínimo Regional, eles aproveitam o atual cenário, onde o estado lidera em criação de vagas, segundo dados do Ministério do Trabalho, e migram para setores melhor remunerados como a construção civil, o comércio e a indústria de bens de consumo para dar um salto de qualidade de vida.

Segundo projeções da Federasul, o PIB gaúcho deve crescer 4,5% em 2013 e com os R$ 2,4 bilhões para investimentos apontados no Orçamento, o Rio Grande do Sul poderá continuar a figurar no topo da lista de oferta de vagas.

A FEESSERS aposta numa mudança de cenário para os profissionais da saúde e que se reverta o situação de um eminente apagão no setor.

O Estado terá R$ 2,3 milhões para a saúde e a expectativa com estes investimentos é de os hospitais consigam fixar seus trabalhadores, repondo as vagas abertas e reduzindo a rotatividade no setor. Criar a possibilidade de aperfeiçoamento profissional e afastar o perigo de erros porque fixa trabalhadores com experiência.

No setor público, não é diferente. Investe-se em obras faraônicas e multiplicam-se postos de atendimento. Em pessoal, nada. Nem União, nem estados e nem municípios.

É urgente uma avaliação rigorosa sobre a questão ou ficaremos cada vez mais reféns de uma possível crise de falta de pessoal num dos setores mais essenciais da sociedade gaúcha.

Presidente da FEESSERS – Federação dos Empregados em Estabelecimentos e Serviços de Saúde do RS

Com menos impostos sobre materiais escolares, Brasil poderia investir mais no aluno, melhorando posição em ranking da OCDE

outubro 7th, 2014

Claudia Reis*

ABFIAE solicita apoio dos candidatos à Presidência da República para o fim da carga tributária sobre materiais escolares como forma de incentivo à educação.

Segundo matéria publicada ontem (10) pelo jornal O Estado de S. Paulo, o gasto por aluno no Brasil corresponde a um terço do investimento feito pelos países desenvolvidos, de acordo com um relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgado no dia 09 de setembro.

Segundo o levantamento, o gasto público com cada estudante brasileiro em 2011 foi de US$ 2,98 mil, o que corresponde a R$ 6,78 mil. Nos países desenvolvidos, o valor de verbas por aluno, foi cerca de três vezes maior, naquele ano, chegando a US$ 8,95 mil, o que corresponde a R$ 20,36 mil. A OCDE calculou os investimentos públicos de 34 países signatários da entidade, além de dez parceiros, dentre eles o Brasil.

Para a ABFIAE (Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares), a União tem plenas condições de contribuir para o avanço da qualidade do ensino público, embora a responsabilidade constitucional pela Educação Infantil, Ensino Fundamental e o Médio seja de prefeituras e estados. Uma das soluções, seria a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que estabelece o fim dos impostos sobre os materiais escolares. Trata-se da PEC 24/2014, apresentada pelo senador Alfredo Nascimento.

Em um país onde os governantes cansam de afirmar que educação é prioridade, torna-se no mínimo contraditório, se não um absurdo, convivermos com a elevada carga tributária que incide sobre cadernos, borrachas, agendas, lápis, estojos, canetas e, até mesmo, tinta guache e folhas para fichário. A renúncia fiscal da imunidade tributária desses itens seria ínfima perante o orçamento da União. A aprovação da PEC 24/2014 seria uma solução imediata para a redução da elevadíssima carga tributária sobre material escolar existente no País e uma forma de demonstrar que nossos parlamentares e governantes realmente levam a sério o tema da educação”, pondera Rubens Passos, presidente da ABFIAE.

Fonte: Maxpress (Ricardo Viveiros & Associados)

Indústria cinematográfica global perpetua a discriminação das mulheres, aponta estudo da ONU Mulheres, Geena Davis Institute e Fundação Rockefeller

setembro 24th, 2014

O Geena Davis Institute on Gender in Media, a ONU Mulheres e a Rockefeller Foundation apresentam o primeiro estudo internacional sobre imagens de gênero no cinema internacional. O estudo foi conduzido pela Dra. Stacy L. Smith, Marc Choueit e Dra. Katherine Pieper da Iniciativa de Mídia, Diversidade e Mudança Social da Annenberg School for Communication and Journalism, da University of Southern California, EUA.

NOVA YORK, 22 de setembro de 2014 – O primeiro estudo global sobre personagens femininos em filmes populares, lançado hoje, revela uma profunda discriminação e uma estereotipagem generalizada de mulheres e meninas na indústria cinematográfica internacional. O estudo foi solicitado pelo Geena Davis Institute on Gender in Media, com o apoio da ONU Mulheres e da Rockefeller Foundation, e conduzido pela Dra. Stacy L. Smith e sua equipe de pesquisa da Annenberg School for Communication and Journalism da University of Southern California. A investigação analisa filmes populares nos países e territórios mais lucrativos do mundo, incluindo Austrália, Brasil, China, França, Alemanha, Índia, Japão, Rússia, Coreia do Sul, Estados Unidos e Reino Unido, bem como colaborações entre os Estados Unidos e o Reino Unido.

Embora as mulheres representem metade da população mundial, menos de um terço de todos os personagens com fala nos filmes são mulheres. Menos de um quarto da força de trabalho fictícia no cinema é composta de mulheres (22,5%). Quando têm empregos, as mulheres normalmente estão ausentes das posições de poder. As mulheres representam menos de 15% dos empresários, políticos e funcionários de ciências, tecnologia, engenharia e/ou matemática.

“A verdade é que as mulheres são seriamente sub-representadas em quase todos os setores da sociedade no mundo todo, não apenas na tela. Entretanto, na maioria dos casos, simplesmente não estamos cientes do alcance disso, e as imagens na mídia exercem uma influência poderosa na criação e perpetuação dos nossos preconceitos inconscientes”, explicou Geena Davis, fundadora e presidente do Geena Davis Institute on Gender in Media.

“Contudo, as imagens da mídia podem também ter um impacto muito positivo nas nossas percepções. No tempo que dura fazer um filme, podemos mudar como será o nosso futuro. Lamentavelmente, há poucas mulheres na posição de CEO ao redor do mundo, mas podemos ter várias nos filmes. Como incentivamos mais meninas a buscarem carreiras em ciências, tecnologia e engenharia? Criando hoje várias personagens em filmes que trabalham em ciências, tecnologia, engenharia, matemática, política, direito e outras profissões”, acrescentou.

Os estereótipos também discriminam as mulheres em posições profissionais de prestígio. Há mais personagens do sexo masculino do que feminino como advogados e juízes (13 para 1), professores universitários (16 para 1) e médicos (5 para 1). Em contraposição, quando o assunto é hiperssexualização, os índices são em favor das mulheres. A probabilidade de mulheres e meninas serem representadas em roupas sexy, nuas ou magras é duas vezes maior do que entre meninos e homens. “As mulheres contribuem mais para a sociedade do que apenas com a sua aparência”, disse a Dra. Stacy L. Smith, investigadora-chefe. “Esses resultados indicam que globalmente temos mais do que um problema cinematográfico no que diz respeito à valorização de meninas e mulheres. Temos um problema humano”.

Ao mesmo tempo que o relatório mostra como as atitudes discriminatórias que afetam mulheres e meninas estão refletidas em filmes globalmente, também aponta diferenças consideráveis entre os países. Os mercados na dianteira (Reino Unido, Brasil e Coreia do Sul) têm 38-35,9% de personagens femininos entre todos os papéis com fala no cinema. As colaborações entre o Reino Unido e os Estados Unidos e os filmes indianos vêm por último no grupo, com 23,6% e 24,9% de personagens femininos respectivamente. Metade dos filmes sul-coreanos têm uma mulher no papel principal ou em papéis secundários importantes, assim como 40% dos filmes analisados na China, Japão e Austrália.

“Há vinte anos, 189 governos adotaram a Plataforma de Ação de Pequim, uma diretriz internacional pela igualdade de gênero pedindo à mídia que evitasse a representação estereotipada e degradante de mulheres. Duas décadas depois, este estudo é um alerta para mostrar que a indústria cinematográfica global ainda tem um longo caminho a percorrer”, disse a Diretora Executiva da ONU Mulheres Phumzile Mlambo-Ngcuka. “Com uma influência poderosa em moldar as percepções de grandes audiências, a mídia exerce um papel fundamental na luta pela igualdade de gênero”. Com essa influência vêm responsabilidades. A indústria não pode esperar mais vinte anos para tomar as decisões certas”, acrescentou.

Entre os filmes avaliados, apenas cerca de um em quatro cineastas são mulheres por trás das câmeras (diretoras, autoras e produtoras). No entanto, quando o filme conta com uma diretora ou autora, o número de personagens femininos na tela aumenta consideravelmente. Uma solução óbvia para a disparidade de gênero no cinema é contratar mais cineastas do sexo feminino. Outra abordagem é exigir que os executivos da indústria cinematográfica tenham uma maior sensibilidade em relação ao desequilíbrio entre gêneros e os estereótipos nos seus filmes.

“A evidência é ainda mais clara agora que vimos tão bem como a realidade da vida das mulheres fora das telas é refletida nas telas”, disse Sundaa Bridgett-Jones, Diretora Associada da Rockefeller Foundation. “Olhando para o futuro, a Rockefeller Foundation está comprometida com a expansão de oportunidades para uma prosperidade compartilhada de forma mais abrangente. Para que isso aconteça, precisamos deixar para trás os estereótipos que impedem que mulheres e homens alcancem o seu potencial humano máximo”.

As principais conclusões do estudo incluem:

Apenas 30,9% de todos os personagens com fala são do sexo feminino. • Alguns países são melhores do que a norma global: Reino Unido (37,9%), Brasil (37,1%) e Coreia do Sul (35,9%). No entanto, essas porcentagens estão abaixo das normais populacionais de 50%. Dois exemplos ficam atrás: os filmes de colaborações entre o Reino Unido e os Estados Unidos (23,6%) e os filmes indianos (24,9%) mostram personagens femininos em menos de um quarto de todos os papéis com fala.

Mulheres estão faltando em filmes de ação/aventura. Apenas 23% dos personagens com fala nos filmes desse gênero são do sexo feminino. • De um total de 1.452 cineastas de gênero identificável, 20,5% são mulheres e 79,5% são homens. As mulheres compõem 7% dos diretores, 19,7% dos autores e 22,7% dos produtores dessa amostra.

Os filmes com diretoras ou autoras envolvidas mostram um número consideravelmente maior de meninas e mulheres na tela do que aqueles sem uma diretora ou autora envolvida.

A sexualização é o padrão para personagens femininos globalmente: a probabilidade de meninas e mulheres serem representadas em roupas sexualmente reveladoras, parcialmente ou totalmente nuas ou magras é duas vezes maior do que entre meninos e homens, e a probabilidade de serem tratadas como atraentes é cinco vezes maior. A sexualização de personagens femininos é menos provável em filmes para públicos mais jovens do que nos filmes para públicos mais velhos.

Adolescentes do sexo feminino (13-20 anos) são tão suscetíveis à sexualização quanto as mulheres jovens (21-39 anos).

Personagens femininos apenas compõem 22,5% da força de trabalho global no cinema, enquanto os personagens masculinos compõem 77,5%.

As posições de liderança são masculinas; apenas 13,9% dos executivos e apenas 9,5% dos políticos de alto escalão são mulheres.

Há um maior número de personagens masculinos com profissões de prestígio, por exemplo, advogados e juízes (13 para 1), professores universitários (16 para 1), profissionais médicos (5 para 1) e profissionais das áreas de ciências, tecnologia, engenharia e matemática (7 para 1).

O relatório completo está disponível aqui: www.seejane.org

Sobre a ONU Mulheres: A ONU Mulheres é uma organização da ONU dedicada à igualdade de gênero e à capacitação de mulheres. Como defensora global de meninas e mulheres, a ONU Mulheres foi fundada para acelerar o progresso em atender as suas necessidades globalmente. Para mais informações, visite: www.unwomen.org.

Sobre o Geena Davis Institute on Gender in Media: Fundado por Geena Davis, atriz ganhadora do Oscar, o Geena Davis Institute on Gender in Media, da Mt. St. Mary’s College, é a única organização de pesquisa trabalhando com empresas da mídia e do entretenimento por meio de programas avançados de pesquisa, educação e defesa de direitos para melhorar significativamente como meninas e mulheres são representadas na mídia voltada para crianças com 11 anos ou menos. Para mais informações, visite: www.seejane.org

Sobre a Annenberg School for Communications and Journalism da USC: A Iniciativa de Mídia, Diversidade e Mudança Social (MDSC) é um grupo de reflexão líder dedicado a questões de desigualdade no campo do entretenimento. A MDSC é parte da Annenberg School for Communication and Journalism, da USC. A USC Annenberg é líder nacional em educação e bolsas de estudo nas áreas de comunicação, jornalismo, diplomacia e relações públicas. A escola e a MDSC enfatizam liderança, inovação, serviço e empreendedorismo e usufruem dos recursos de uma universidade em rede localizada na capital mundial da mídia. Visite-nos em http://annenberg.usc.edu/MDSCI.